Estes
acontecimentos recentes envolvendo os "heróis do Big Brother
Brasil", o possível sexo e/ou estupro ocorrido na casa; serviram para dar
mídia para um programa ridículo, e também para demonstrar como moral patriarcal
ainda faz parte de nossa formação cultural.
A
TV Globo, a empresa produtora do espetáculo, surgiu como o pai da virgem
inocente que foi deflorada, e que deve recuperar a honra dela e da família.
Neste
caso, não é obrigando o homem a se casar com a jovem, mas matando-o, o que no
programa representa ser expulso. Pois, assim a TV, como homem patriarca, demonstra
seu poder e seu apreço pelos bons costumes da sociedade brasileira.
Tudo
isso faz parte de um teatro hipócrita, uma vez que, este tipo de comportamento
é apreciado pela empresa que necessitam de fatos como este para venderem seu
produto, e aumentar a audiência do canal. E, também pelos espectadores, que gostam
de consumir os conflitos da vida alheia como se fossem produtos descartáveis.
Estes
acontecimentos me lembraram de um antigo curta-metragem chamado Acorda
Raimundo, que faz o contraponto entre os papeis sociais exercidos pelo homem,
pela mulher, e sobre o relacionamento entre os casais na sociedade.
O vídeo está dividido em duas partes, e sempre o reproduzo nas aulas, pois geram excelentes debates sobre patriarcalismo, os papeis sociais do homem e da mulher, e o relacionamento entre os casais.